. ATIVIDADES DE REVISÃO POR REPETIÇÃO ESPAÇADA: O professor propõe
exercícios sobre o tema trabalhado em tempos espaçados, de forma a recuperar
essa informação e fixá-la periodicamente, para que não seja esquecida.
2.
REVISÃO POR FICHAMENTOS: O professor solicita que as partes relevantes de
um texto sejam grifadas e seja feito um fichamento com a síntese das ideias
importantes, para que o aluno leia e estude em ocasiões periódicas, segundo
orientações do professor. Recomenda-se que sejam propostas atividades a partir
deste fichamento. É fundamental, entretanto, que os alunos sejam orientados
sobre como fazer um fichamento, antes de solicitar que o mesmo o faça.
3. REVISÃO POR LISTAS DE EXERCÍCIOS VINCULADOS ÀS ATIVIDADES
AVALIATIVAS: O professor entrega antecipadamente uma lista com exercícios
para que os alunos realizem estas atividades em casa e, na véspera da
avaliação, faz a correção coletiva, esclarecendo as dúvidas observadas. É
importante que o aluno perceba que a lista de exercícios poderá orientá-lo na
execução da prova. Esta atividade pode fazer parte de um percentual da nota da
prova, caso o professor julgue conveniente.
4.
REVISÃO DE CONTEÚDOS POR MEIO DA PRODUÇÃO DE RESUMOS: O professor solicita
que os alunos produzam resumos de capítulos de livros ou apostilas, para que
leiam e executem atividades, a partir dos mesmos, periodicamente, em tarefas
realizadas ao longo do bimestre. É importante orientar para que os alunos
arquivem de forma organizada os resumos produzidos.
5. JOGO PARA RESGATE DE PRÉ-REQUISITOS PARA A INTRODUÇÃO DE UM NOVO
CONTEÚDO: O professor fornece fichas com perguntas sobre o tema a ser
estudado, com níveis de dificuldade fácil, médio, difícil e muito difícil. Deve
ser combinado previamente um valor monetário de crédito inicial para cada
aluno. Em seguida são sorteados grupos de 3 em 3 alunos, para que respondam à
perguntas, atribuindo valores monetários a cada uma delas. O aluno que souber a
resposta deve levantar a mão e quem levantar a mão primeiro responde. Aquele
que acertar recebe o valor da pergunta como crédito. Devem ser feitas 5
perguntas para cada grupo de 3 alunos, até que todos tenham participado. Os
alunos que erraram devem 'pagar' o que estão devendo (Anotar no quadro). Cada
aluno deve contar, ao final, quanto tem em 'dinheiro'. Ganha o jogo quem tiver
mais dinheiro. O professor pode planejar premiar o ganhador, o que não precisa
ser algo de muito valor. Ou pode também optar por trocar cada 10,00 reais por 1
bala, por exemplo. Durante o jogo é importante que eles sejam animados e que se
faça suspense, incentivando os alunos a torcerem e criando um clima de
competição saudável. Os alunos geralmente adoram essa brincadeira e nem notam
que estão estudando. É importante ir revisando os conceitos trabalhados nas
perguntas e esclarecer possíveis dúvidas, sempre que perceber que a turma está
encontrando dificuldades.
6. SENSIBILIZAÇÃO PARA INTRODUÇÃO DOS NOVOS CONTEÚDOS: O professor
utiliza cenas de filme, música, textos (história, piada, poesia), ilustração (charge,
cartazes), etc, com o objetivo de motivar, preparar os alunos para determinado
tema. A sensibilização parte da experiência para chegar à assimilação de
conteúdos e possíveis mudanças. É interessante, nesse momento, dividir o grupo
em alguns subgrupos, para favorecer a integração e eventuais intervenções sobre
o assunto.
7. ESTUDO PELA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS Consiste em apresentar ao aluno
um problema que estimule a reflexão para alcançar uma solução satisfatória.
Existem três elementos compreendidos neste processo: - uma situação que
apresente alguma dificuldade, ou dúvida que requeira solução; uma finalidade
implícita na solução do problema; um motivo bastante forte que oriente a ação
na busca da resposta. Procedimentos: 1º passo: Introdução do problema,
Formulação ou Definição do problema - obter uma ideia bastante exata do mesmo,
a fim de obter uma visão prévia dos dados relacionados. O professor deve propor
questionamentos acerca da situação. 2º Passo: Trabalhando o problema – O
professor deve levar os alunos a lembrar fatos conhecidos, princípios ou
relações apropriados ao problema; Levantar hipóteses para a solução do problema
e determinar os procedimentos a seguir; Reunir dados: a. Por meio de leituras
b. Por meio da observação. c. Por meio da seleção e ilustrações, exemplos,
etc.; Avaliar criticamente os dados, isto é, verificar se é adequado às
soluções propostas; Formular conclusões. 3º Passo: Etapa Final: 1) Comprovação
ou verificação dos resultados. 2) Aplicação ou resumo das conclusões resultantes.
Este plano pode ser seguido em qualquer situação que envolve solução de
problemas. Entretanto, a ordem das atividades dependerá da abordagem que
selecione: ou abordagem dedutiva, ou abordagem indutiva.
8. DINÂMICAS DE GRUPO:
Possibilitam ao professor desenvolver um processo coletivo de discussão e
reflexão, ampliando o conhecimento individual e coletivo. Os grupos podem ser
formada de forma espontânea ou dirigida. Etapas: Orientação inicial; Pesquisa,
Coleta de dados e materiais; Elaboração dos dados; Relatório de grupos;
Avaliação.
9. JOGO PARA VERIFICAÇÃO COLETIVA DA APRENDIZAGEM DE UM CONTEÚDO
EXPLICADO NA AULA: O professor começa fazendo um joguinho da velha, e dois
membros serão escolhidos com a música e passando a bola de mão em mão nos dois grupos.
Cada grupo elegerá um nome dentro do tema. Ao terminar a música, os dois
membros vão ao centro e tiram par ou ímpar, o vencedor escolhe X ou O (bolinha)
e inicia a brincadeira. O professor passa a pergunta ao grupo que perdeu. O
Grupo escolhe um dos membros para falar, esta escolha é por sorteio ou consenso
dentro do grupo. Cada membro do grupo vem para frente e vai responder a
pergunta. Se um deles não souber responder, ele pode pedir ajuda a um dos
membros do seu grupo, mas agora quem escolhe o membro que vai dar a resposta é
o membro opositor. Sempre que acertar, o grupo marca no jogo da velha, X ou O.
Vence quem completar o jogo. 10. ESTUDO
DIRIGIDO: É uma técnica de ensino em que os alunos executam em sala, ou
fora dela, um trabalho solicitado pelo professor, que os orienta e os
acompanha, valendo-se de um capítulo do livro, um artigo, um texto didático ou
mesmo de um determinado livro. O professor oferece um roteiro de estudo
previamente elaborado para que o aluno explore o material escrito lendo,
compreendendo, interpretando, analisando, comparando, aplicando, avaliando e
elaborando. Este roteiro estabelece a extensão e a profundidade do estudo. Há
diversos tipos ou modalidades de estudo dirigido, pois o professor pode
elaborar um roteiro contendo instruções e orientações, tais como: ler um texto
e depois responder às perguntas; manipular materiais ou construir objetos e
chegar a certas conclusões; observar objetos, fatos ou fenômenos e fazer
anotações; analisar experiências e fazer relatórios, chegando a certas
generalizações.
11. ESTUDO DE CASO: Consiste em apresentar sucintamente a descrição
de uma determinada situação real ou fictícia para sua discussão no grupo. É a
análise minuciosa e objetiva de uma situação real que necessita ser investigada
e é desafiadora para os envolvidos. O professor expõe o caso a ser estudado
(que pode ser um caso para cada grupo ou o mesmo caso para diversos grupos). O
grupo deverá analisar o caso, expondo seus pontos de vista. O professor retoma
os pontos principais, fazendo a síntese. O caso em análise objetiva o
desenvolvimento da capacidade analítica do aluno. O caso problema, que visa
chegar a uma solução, a melhor possível com os dados fornecidos. Ao final, os
alunos ou grupos apresentam relatos e resultados de sua análise, explicando o
seu desenvolvimento. O professor deve solicitar também sugestões, críticas e
soluções para os problemas observados. Na apresentação, o professor deve mediar
a interação e incentivar a participação de todos.
12. MANIPULAÇÃO: Consiste em solicitar o aluno a realizar uma ação
de acordo com instruções fornecidas e não com base somente na observação. O
aluno começa a demonstrar habilidades para manipular instrumentos selecionados.
Ao final ele deve produzir relatório sobre o desenvolvimento e conclusão da
atividade.
13. SIMULAÇÃO: Fundamenta-se na replicação de experiências reais,
permitindo experimentação e demonstração prática, que evoque aspectos
importantes da vida real de forma interativa. Pode ser realizada de quatro
formas, de acordo com a temática ou objetivos do professor: 1) Demonstração
intelectual: o aluno utiliza argumentos logicamente encadeados para explicar o
objeto em estudo. 2) Demonstração experimental: feita em laboratório, ou
diretamente da natureza, com o auxílio ou não de aparelhos. 3) Demonstração
documental: processa-se por meio de documentos escritos ou produtos culturais,
como é o caso das demonstrações históricas, etnológicas, etc. 4) Demonstração
operacional: baseia-se em técnicas de trabalho e de movimentos, com uso ou não
de aparelhos, como em Educação Física.
14. DISCUSSÃO 66 ou PHILLIPS 66: Consiste no fracionamento de um
grupo numeroso em pequenos grupos, a fim de facilitar a discussão. A
denominação provém do fato de haver sido o método difundido por J.D. Phillips,
e por serem os pequenos grupos formados por 6 pessoas que discutem o assunto
durante 6 minutos. Permite a participação de todos os presentes numa atmosfera
informal, estimula a troca de ideias, encoraja a divisão de trabalho e a
responsabilidade; ajuda os membros a se libertarem de suas inibições e
participação num debate. Etapas: explicar o funcionamento da técnica; comunicar
o assunto da discussão, lembrando aos alunos de que devem eleger um coordenador
e um secretário-relator; anunciar o tempo disponível para organização dos
pequenos grupos e discussão do assunto; movimentar-se entre os grupos, para
qualquer esclarecimento; avisar aos alunos quando faltar um minuto para o
término do trabalho no pequeno grupo; convocar os secretáriosrelatores para a
comunicação das conclusões ao grande grupo; registrar os pontos mais
importantes no quadro-de-giz; e orientar o grupo na elaboração da conclusão
final.
15. DRAMATIZAÇÃO: Consiste na encenação de um problema ou situação
no campo das relações humanas, por duas ou mais pessoas, numa situação
hipotética em que os papéis são vividos tal como na realidade. A síntese desses
papéis é um dos aspectos mais importantes do método. Os que vão encenar devem
compreender o tipo de pessoa que dever interpretar durante a dramatização. O
resumo do papel deve conter apenas a condição emocional e as atitudes a serem
adotadas, sem detalhes sobre aquilo que deverá ocorrer durante a apresentação.
Etapas: apresentar ou definir o problema que será dramatizado; fixar a simulação
ou os aspectos específicos de relacionamento humano a serem enfatizados na
dramatização; definir ou apresentar quais os papéis necessários à encenação;
escolher os atores, os quais planejarão as linhas gerais de seu desempenho, ou
seja, a condição emocional e as atitudes a serem adotadas, sem especificar o
que deverá ser feito na encenação. Os “ensaios” terão caráter de reuniões
preparatórias onde as características dos papéis serão examinadas, sem
preocupação quanto à “perfeição da representação” dos atores. No momento das
apresentações o professor deve estabelecer os critérios e normas para que cada
grupo cumpra de forma organizada.
16. ENTREVISTA: Consiste numa rápida série de perguntas feitas por
um entrevistador, que representa o grupo, a um especialista em determinado
assunto. É menos formal que a preleção e mais formal que o diálogo. É útil
para: obter informações, fatos ou opiniões sobre alguns assuntos de importância
para o grupo; estimular o interesse do grupo por um tema. O entrevistador poderá
obter do grupo os temas principais a serem enfocados e deverá atuar como
intermediário entre o grupo e o especialista. A entrevista deverá ser mantida
em tom de conversa e as perguntas devem ser formuladas de forma a evitar
respostas do tipo “sim” ou “não”. A entrevista pode ser apresentada na forma
escrita ou gravada. Ao final, o professor deve propor a reflexão e análise, o
fechamento e síntese das ideias tratadas na entrevista.
17. PAINEL COM INTERROGATÓRIO: Um pequeno grupo de especialistas em
determinado assunto discute e é interrogado por uma ou mais pessoas, geralmente
sob a coordenação de um moderador. Trata-se de uma variação de técnica de
discussão em painel. Dele participam três a cinco pessoas, o moderador e os
interrogadores. A discussão é informal, mas as respostas devem ser dadas com a
máxima precisão. O desenvolvimento do assunto baseia-se na interação entre o
interrogador e o painel. As perguntas devem ser objetivas. Etapas: selecionar
com antecedência o moderador, os interrogadores e o painel; o moderador deve
reunir-se com os interrogadores para fixar a orientação; na reunião, o
moderador apresenta ao grupo os integrantes do painel; a seguir apresenta
sucintamente o assunto e explica a técnica; os interrogadores devem iniciar o
interrogatório, expressando as perguntas de maneira clara e concisa. O êxito
das discussões depende dos interrogadores, que têm grande responsabilidade na
condução dos debates, tanto do ponto do encadeamento da ideia, como do nível de
detalhe a que se deve chegar; o moderador intervirá quando houver necessidade
de aprofundar um aspecto abordado, esclarecer um ponto obscuro, pedir a
repetição de uma pergunta ou de uma resposta não compreendida, interpelar algum
membro do painel que estiver sendo prolixo, fugindo do tema central ou
interpretando mal seu papel; ao final do interrogatório, o moderador apresenta
uma síntese geral.
18. PAINEL INTEGRADO: O grande grupo é dividido em subgrupos que
são totalmente reformulados após determinado tempo de discussão, de tal forma
que cada subgrupo é composto por integrantes de cada subgrupo anterior. Cada
participante leva para o novo subgrupo as conclusões e/ou ideias do grupo
anterior, havendo assim possibilidades de cada grupo conhecer as ideias
levantadas pelos demais. A técnica permite a integração de conceitos, ideias,
conclusões, integrando-os. Etapas: planejar, com antecedência, as perguntas,
problemas ou roteiro de discussão que serão colocados aos subgrupos; explicar
ao grupo o funcionamento da técnica, sua finalidade, o papel e as atitudes
esperadas de cada membro e o tempo disponível para a discussão; dividir o grupo
em subgrupos, aproveitando para colocar juntos os membros que ainda não se
conheçam; solicitar aos membros dos pequenos grupos que se apresentem, escolham
um coordenador para os debates e um relator ou secretário para fazer as
anotações; distribuir cópias escritas dos assuntos a serem discutidos;
esclarecer qual o tempo disponível. O tempo pode ser prorrogado, se
conveniente; terminado o tempo, cada elemento de cada subgrupo receberá um
número; agora os subgrupos tornam a se reunir, mas todos os “1” num grupo;
todos os “2” noutros; e assim por diante; cada um apresentará para o subgrupo
as conclusões do seu antigo subgrupo. Os relatores dos subgrupos (os dois)
reunir-se-ão para elaborar um único relatório, que poderá ser oral ou escrito,
para apresentá-lo ao grupão. Obs. Fazer as trocas com o cuidado de romper as
“panelinhas” e fazer as “aproximações”. Pode ser feito um sistema de
fracionamento do texto.
19. PAINEL PROGRESSIVO: Consiste no trabalho individual que
progride para o grande grupo através da formação sucessiva de grupos que se
constituem pela junção de grupos formados na etapa anterior, que vão aumentando
até se fundirem num só (plenário). Em cada etapa sucessiva os grupos devem
retomar as conclusões da etapa anterior a fim de desenvolvê-las,
harmonizando-as. O tempo de duração de cada grupo é limitado pelo número de
participantes e pelo assunto a ser debatido. Após a apresentação do problema ou
distribuição das cópias do assunto a ser discutido a todos os participantes,
explique o funcionamento da técnica em suas várias etapas, como por exemplo:
leitura individual do texto ou resposta por escrito a uma questão feita;
grupamento de dois ou mais membros que analisam, discutem e elaboram uma
conclusão com base nas contribuições individuais; conclusões gerais do grande
grupo (plenário).
20. SIMPÓSIO: Consiste na exposição sucessiva sobre diferentes
aspectos ou fases de um só assunto ou problema, feita por uma equipe
selecionada, perante um auditório, sob a direção de um moderador. Na sala de
aula, o professor pode definir estes papeis previamente e orientar os estudos
para que cada um tenha conhecimento sobre o tema a tratar no simpósio. Neste
caso, o auditório será formado pelo restante da turma. O expositor não deve
ultrapassar a 20 minutos na sua preleção e o simpósio não deve ir além de hora
e meia de duração. Ao final do simpósio, o auditório poderá participar em forma
de perguntas diretas. É útil para: obter informações sobre os diferentes
aspectos de um tema; apresentar fatos, informações, opiniões, etc., sobre um
mesmo tema; permitir a exposição sistemática e contínua acerca de um tema;
discussões em que os objetivos são muito mais a aquisição de elucidações do que
propriamente a tomada de decisões; o exame de problemas complexos que devam ser
desenvolvidos de forma a promover a compreensão geral do assunto. Etapas: o
moderador deve reunir-se previamente com os oradores para garantir o acordo
sobre o fracionamento lógico do assunto, identificar as áreas principais e
estabelecer os horários; na reunião, o moderador deve apresentar os integrantes
do simpósio, expor a situação geral do assunto e quais as partes que serão
enfatizadas por cada expositor, criar atmosfera receptiva e motivar o grupo
para as exposições; os integrantes do simpósio devem fazer apresentações
concisas e bem organizadas dentro do tempo estabelecido; o moderador poderá,
quando oportuno, conceder a cada integrante do simpósio, um certo tempo para
esclarecimentos e permitir que um participante possa formular uma ou duas
perguntas a outro expositor.
21. DISCUSSÃO CIRCULAR: É um processo de encadeamento de aspectos
dentro de uma mesma ideia. Oferece oportunidade ao raciocínio rápido e comprovação
do entendimento do assunto. Etapas: explicar que cada um deve apresentar um
aspecto novo sobre a pergunta feita, ou seja, não vale repetir coisas já
faladas; cada um tem um minuto, no máximo, para se expressar; após apresentar a
pergunta e fazer os esclarecimentos que se fizerem necessários, pedir a alguém
que se apresente para iniciar a rodada; após ele, o do seu lado é que deve
continuar, não devendo ser permitido “saltar” para outro; ninguém deve
interromper ou responder a uma crítica enquanto não chegar a sua vez; a
“discussão circular” continua até que todos achem que nada mais há a
acrescentar, ou até esgotar o tempo previsto; após a primeira rodada, em que
todos devem participar, pode ser pedida a dispensa da palavra com um: “passo”.
22. MESA REDONDA: É útil para discutir ou refletir sobre um tema ou
situação-problema; obter a participação de todos (num grupo pequeno); chegar a
uma decisão participativa e, quando possível, ao consenso; levar os
participantes a assumir responsabilidades. Etapas: pequeno número de
participantes, sentados em um círculo, em igualdade de condições; discussão
livre entre si sobre o tema proposto; coordenação bem livre. Ao final, o
restante da turma, que faz parte da plateia, tem oportunidade de fazer
perguntas aos participantes da mesa. Pode ser realizado com convite de pessoas
conhecedoras do temas, como outros professores ou profissionais da área, ou
mesmo ser realizado com os próprios alunos que se oferecem para estudar o tema
tratado e participar da mesa redonda.
23. JÚRI PEDAGÓGICO: Esta técnica é boa para garantir a
participação de grande número de pessoas, sobre temas contraditórios, embora
alguns participem como observadores do debate. Dinamizar o grupo; ajuda a
desenvolver a capacidade de raciocínio; desenvolver a logicidade; ensinar a
saber vencer e a saber perder; desenvolver a capacidade de aceitar pontos de
vista contrários; desenvolver a imparcialidade de julgamento. Possibilita o
treinamento de respostas a questões propostas, levando o grupo a uma atenção
quanto a confirmação ou rejeição às respostas oferecidas. O professor distribui
a turma em: Grupo A versus Grupo B ou Meninos versus Meninas ou ímpares versus
Pares. A disposição dos candidatos ou grupos, nas mesas, será dada ou orientada
pelo Juiz. Cada aluno deverá estar munido com o material de estudo e bem
informado sobre a atividade; o professor indica um exercício para ser resolvido
e marca o tempo de resolução; terminado o tempo, o Juiz (geralmente o professor
ou um bom aluno) indica um da equipe A para responder; assim que houver a
resposta, o seu advogado (da equipe A), diz: endosso (isto é, concordo com a
resposta); o advogado opositor (equipe B), se concordar com a resposta, diz:
confirmo. Se não concordar, diz: protesto; se o endosso for certo, a equipe A
ganha um ponto. Se o endosso for errado, o juiz propõe uma rebatida ao
plenário, que terá a oportunidade de reconsiderar a questão. O primeiro que se
manifestar e corrigir o erro, seja da A ou da B, ganha um ponto para si cinco
(5) pontos, e para o grupo um ponto; se o advogado opositor protestar o erro
endossado, ele deverá indicar um componente do seu grupo para responder. Se a
resposta for certa, o grupo ganha um ponto e ganha a vez da saída para a
próxima questão; se o advogado protestar o certo (ou o errado), dar-se-á o
debate entre os advogados, e o que vencer, mostrando o certo, ganhará para si
cinco pontos e cinco para o grupo. Etapas: poderá haver continuidade do
processo em duas ou mais reuniões, se o conteúdo o permitir; deverá haver
rodízio de advogados, promotores e juiz; é aconselhável, caso haja avaliação,
converter os pontos obtidos em notas de aproveitamento; Obs.: o juiz deverá
mencionar o aluno que deve responder, assim: Aluno 3, na mesa 2, responda. Se a
resposta não for dada de imediato, o aluno não terá direito de recorrer ao seu
advogado, perdendo um ponto e a vez.
24.
METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA: É útil para exercitar o raciocínio e a
imaginação criadora. Possibilita o estudo de um tema em seus pontos chaves;
corrigir e esclarecer, de forma imediata, dúvidas sobre o tema proposto.
Etapas: apresentação do tema em uma palavra ou expressão-síntese; divisão do
quadro em partes iguais, tituladas: (o que queremos saber? o que pensamos? o
que concluímos?); apresentação e fixação das questões chaves já preparadas
anteriormente (o que queremos saber?); anotações de mais algumas questões,
propostas na hora, pelos participantes; oralmente, os participantes vão
respondendo às questões, que o coordenador anotar, sinteticamente, no quadro (O
que pensamos?); fornecimento de fontes de pesquisa previamente selecionadas ou
vivência de experiências concretas que forneçam elementos para avaliação de
suas respostas (etapa de pesquisa em pequenos grupos). Depois, deve ser feita a
apresentação de resultados finais, com comentários enriquecedores; o
coordenador anota os resultados finais no quadro de giz, sinteticamente (O que
concluímos?); Ao final, se alguma questão foi de maior interesse, pode-se dar a
ela um enfoque mais amplo; cada participante deverá registrar as conclusões
finais e guardá-las consigo, para posteriores consultas.
25. CAIXA DE SEGREDO: Colocar a caixa de presente sobre a mesa e
aguardar a reação da classe e dizer que este presente está relacionado com o
tema da aula e que devem adivinhar o que é. É importante fornecer dicas para
que a classe descubra; a partir daí, entrar no assunto. Se possível, no final
da aula, sortear o presente.
26. BOLA SABIDA: Utilizar uma bola e entregar aos alunos perguntas
escritas em tiras de papel, relativas ao tema da aula. Formar um círculo com os
alunos e jogar a bola para um deles. Este deverá responder à pergunta que está
no seu papel; caso ele não saiba a resposta, joga a bola para outro que a
deverá responder. Assim por diante até que alguém responda. Depois, deve ser
feita a síntese sobre o assunto, com a mediação do professor.
27. OLHO VIVO: Utilizar cartões tendo de um lado um número e do
outro lado palavras que correspondem à resposta das perguntas que serão feitas.
Estes cartões serão afixados no quadro com os números à vista; virá-los e pedir
à classe que olhe com atenção o que está escrito em cada cartão; explicar que
irá fazer as perguntas a que as respostas deverão ser dadas através dos
números. Se o número dado pelo aluno não corresponder à resposta da pergunta, o
cartão voltará a sua posição antiga, isto é, o número para cima. Observação:
colocar os números aleatoriamente no quadro.
28. OUVINDO E CONCLUINDO: O professor faz uma pergunta sobre
assunto já visto, ouve a opinião emitida pelo grupo e pode fazer ligeiros
comentários sobre as mesmas. Em seguida, divide a sala em grupos e distribui
textos para o estudo sobre a pergunta. Após a leitura e discussão dos textos,
deverão: tirar conclusões sobre o tema e citar as mensagens julgadas mais
importantes. Cada grupo apresenta suas conclusões e anota sobre a dos outros;
comentam sobre o que ouviram; o professor deve fazer uma apreciação sobre as
conclusões.
29. ESTUDO DIVIDIDO: Dividir a turma em 3 ou 4 grupos; dividir o
assunto em partes iguais ao número de grupos; entregar a cada grupo parte da
síntese do assunto para estudarem durante 5-10 minutos; pedir que comentem por
escrito o que entenderam e as dúvidas que permaneceram; trocar as partes e os
comentários entre os grupos, pedindo que analisem e completem o trabalho;
prosseguir até que o trabalho volte ao grupo original, que deve rever e dar
unidade ao seu tema; pedir a um elemento de cada grupo para que leia o
resultado; o professor faz a conclusão.
30. WEBQUEST: A WebQuest é uma metodologia que direciona o trabalho
de pesquisa utilizando os recursos da Internet. Parte da definição de um tema e
objetivos por parte do professor, que propões uma pesquisa inicial e
disponibiliza links selecionados acerca do assunto, para consulta orientada dos
alunos. Os Links devem ter uma tarefa, exequível e interessante, que norteie a
pesquisa. Tanto o material inicial como os resultados devem ser publicados na
web, online. Cria condições para que a aprendizagem ocorra, utilizando os
recursos de interação e pesquisa disponíveis ou não na Internet de forma
colaborativa. É uma oportunidade de realizarmos algo diferente para obtermos
resultados diferentes em relação à aprendizagem de nossos alunos. Além de que,
as WebQuests oportunizam a produção de materiais de apoio ao ensino de todas as
disciplinas de acordo com as necessidades e objetivos da disciplina. Para saber
mais sobre WQs: http://www.webquest.futuro.usp.br Para criar WQs: http://www.escolabr.com/portal/
31.
PORTIFÓLIO: É a organização de trabalhos e atividades produzidas pelos
alunos, que permite acompanhar o crescimento e desenvolvimento de cada um,
individualmente. Permite ao professor acompanhar o trabalho processual. Deve
ser construído pelo aluno, como uma produção onde ele é autor e responsável por
suas produções. Pode ser feito em um caderno , pasta catálogo, folha retangular
sanfonada, dentre outras formas.
32. ESTUDO DO MEIO: O professor organiza roteiro de ações para que
o aluno entre em contato com a realidade, relacionando os conhecimentos
teóricos com o meio em que vive. Permite ao aluno estudar, de forma direta, o
meio natural e/ou social do qual faz parte. Pode ser aplicado em qualquer área,
de acordo com os objetivos do professor. Implica o estudo do ambiente social e
natural. Etapas: planejamento do estudo; desenvolvimento e execução das
atividades propostas; Reflexão e análise dos problemas, buscando-se soluções;
apresentação das conclusões e/ou resultados; avaliação final coletiva;
Integração e fixação dos conteúdos, pelo professor.
33. SALA DE AULA INVERTIDA:
O professor orienta os alunos para que estudem em casa sobre o tema a ser
trabalhado e se preparem para a próxima aula. Envolve basicamente ensinar os
alunos a estudar e preparar a aula antes da aula. Assim, a o ensino torna-se
muito mais dinâmico e um ambiente em que um estudo mais aprofundado sobre o
assunto. Os alunos vêm de casa com conhecimento prévio sobre o que vai ser
estudado. Deve ser, para tanto, provocada a sua curiosidade sobre o tema e
estimulado o hábito de estudo.
34. AUTO-APRENDIZAGEM: As técnicas de ensino para explorar a
autoaprendizagem podem estar fazendo uso de Mapas Mentaisou esquemas. Com eles,
o professor pode iniciar um processo de pensamento digitar uma palavra no
tópico central de um mapa ou propor um tema e deixar os alunos a desenvolver
suas próprias ideias a partir dele. A curiosidade é o principal motor da
aprendizagem. Como princípio básico de aprendizagem, não faz muito sentido para
forçar os alunos a memorizar um texto para que eles esqueçam que dois dias após
o teste. A chave é fazer com que os alunos se concentrarem na área que lhes
interessa explorar e aprender sobre ele. A partir dos mapas mentais ou
esquemas, o aluno poderá produzir textos com a conclusão ou síntese do tema
tratado.
35. JOGOS: O professor ensina por meio de jogos, para que os alunos
aprendam sem perceber e na prática. Aprender através da brincadeira é uma
técnica de aprendizagem que pode ser muito eficaz em qualquer idade, sendo
também útil para manter o aluno motivado. O professor deve desenvolver projetos
que são apropriados para seus alunos, tendo em conta a sua idade e ao
conhecimento, ao torná-los atraentes o suficiente para dar motivação extra. Uma
ideia pode ser a de incentivar os alunos a criar testes com perguntas sobre um
determinado tópico e incentivá-los para desafiar seus colegas a fazê-las para
ver quem fica com a pontuação mais elevada. Desta forma, os alunos gostam da
competição com os colegas para alcançar a maior pontuação.
36. MÍDIAS SOCIAIS: Os alunos de hoje passam o dia nas redes
sociais e, provavelmente, terão motivação extra para aprender. Os caminhos que
você pode tomar este método de aprendizagem são variados, pois existem centenas
de redes sociais e possibilidades. Um bom exemplo é incentivar os alunos a
rever os tweets de seus artistas favoritos, observando os erros gramaticais que
cometeram e propor a correção.
37. LEITURA COMENTADA: Com base na leitura de textos que tratam do
assunto ou autor trabalhado, o professor solicita aos alunos leiam e tentem
identificar o que o autor quer comunicar, buscando o significado implícito no
texto, bem como as suas circunstâncias. Cada aluno pode realizar a leitura
baseada no tema que lhe interessar. Mais uma vez, as novas tecnologias nos dão
uma grande vantagem no uso desta técnica, pois permite-nos o acesso a uma
quantidade ilimitada de informações. Na aula, o professor propõe uma roda de
conversa inicial direcionada, para que todos comentem sobre suas leituras.
38. BRAINSTORMING TEMPESTADE CEREBRAL (Brainstorming): É uma
técnica de produção de ideias ou de soluções de problemas em grupo. Possibilita
o surgimento de aspectos ou ideias que não iriam ser, normalmente, levantadas.
Na prática não deve ser estabelecida nenhuma regra ou limite, eliminando assim
todos os prováveis bloqueios ao “insight”. Etapas: disponha o pessoal como for
possível, de preferência em círculo; crie um clima informal e descontraído de
esportividade e muita espontaneidade; suspenda (proíba mesmo) críticas,
julgamentos, explicações. Só vale colocar a ideia; levar todos a romper com sua
autocensura, expondo o que lhe vier a cabeça, sem pré-julgar; pedir que emitam
ideias em frases breves e concisas; todos devem falar alto, sem ordem
preestabelecida, mas um de cada vez; proibir cochichos, risinhos e conversas
paralelas. O professor propõe uma atividade em grupo, incentivando a geração
das ideias, seguindo quatro etapas bem definidas: o aquecimento, onde o grupo
somente discute sobre o assunto focado, podendo o mesmo divagar sobre tal
assunto, porém, não se esquecendo do tema principal; a própria geração das
ideias, onde o grupo estabelece um determinado tempo de trabalho e estipula um
número de ideias a gerar. Os colaboradores dizem tudo o que lhes ocorra sobre o
assunto, sendo imprescindível a anotação de todas as ideias criadas. Essa etapa
é a mais importante do processo, sendo que se deve respeitar algumas regras
básicas para um melhor aproveitamento, tais como: é proibida a crítica, todas e
quantas ideias possíveis são bem-vindas; trabalho coletivo com as ideias
criadas na segunda etapa. Ou seja, elas devem ser melhoradas ou descartadas.
Existe também a possibilidade de se agregar outras ideias; avaliação das
ideias.
39. PEQUENAS AULAS: O professor propõe aos alunos que preparem
aulas curtas, que terão a duração aproximada de 5 (cinco) minutos e poderão ser
gravadas, para posterior análise, discussão e reflexão sobre seu desempenho.
Etapas: aulas de 5 minutos, ministradas pelos alunos ou grupo; proposição de
atividades para a turma; Correção coletiva; Síntese feita pelo professo. Obs.:
O professor poderá organizar várias micro-aulas a serem desenvolvidas pelos grupos
num mesmo dia, conforme seus objetivos e temáticas previstas.
40. SEMINÁRIO: Possibilita a socialização e se constrói com base no
ensino com pesquisa, realizado em subgrupos, e no debate dos aspectos
investigados, de maneira integrada ou complementar, sob a coordenação do
professor. O professor organizar grupos de estudos, incentivando a discussão e
o debate sobre um tema, apresentado por um aluno ou grupo. É o aluno ocupando o
lugar do professor, visto que durante o seminário, a interação com a turma dependerá
basicamente do conteúdo apresentado. Para que o método funcione, o professor
deve fornecer dados, ou forma de localizar os respectivos temas antes das
apresentações, para que os alunos possam assimilar melhor o assunto. Durante a
apresentação a participação do professor também é importante, ele poderá
“guiar” as discussões com proposições ou questionamentos – tanto para o grupo
quanto para a turma – e encaminhar discussões que não estavam tão nítidas no
trabalho. O seminário possibilita outras interações ou a busca por outras
ferramentas, tais quais: a exposição (seja através de projetores, cartazes,
filmes, etc), o debate (onde após ou durante a apresentação toda a turma pode
participar e discutir/aprofundar mais o tema) e a pesquisa (o grupo que apresenta
necessita de um aprofundamento muito maior que o restante da turma, para
responder possíveis questionamentos e também para compreender a temática). O
professor deve fazer uma síntese final e prestar esclarecimentos sobre as
possíveis dúvidas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ANTUNES, Celso.
Jogos para estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis: Vozes, 2000.
AZAMBUJA E SOUZA, Jorceline e Maria Letícia. O Estudo do Texto como Técnica de
Ensino. In: Técnicas de Ensino: Por que não?. 11.ed. Campinar: Papirus, 2000.
BORDENAVE, Juan Díaz; PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de
Ensino-Aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1989. DOUG, Lemouv. Aula nota 10. Trad.
Valeuska de Vassimon. Ed. Península, 2011 RAMOS, Cosete. Sala de aula de
qualidade total. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 1995. RONCA, Antônio Carlos
Caruso, e ESCOBAR, Virgínia Ferreira. Técnicas pedagógicas: domesticação ou
desafio à participação? Petrópolis: Vozes, 2006. VILARINHO, Lúcia Regina
Goulart. Didática: Temas Selecionados. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, 1985. Disponível em
https://www.examtime.com/pt-BR/blog/6-tecnicas-de-ensino-que-vocenao-sabia/.
Acesso em 17 Mai 2014.
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